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Lourdes Castro: morreu mais uma ilustre emigrante

A artista plástica Lourdes Castro, uma das fundadoras do grupo artístico e da revista “KWY”, em França, morreu, no Funchal, aos 91 anos. É mais uma artista portuguesa que se destacou em França que perdemos, depois de há uma semana ter falecido a atriz Teresa Mota, que morreu no sábado em Paris. 

A madeirense Lourdes Castro foi galardoada com a Medalha de Mérito da Cultura em 2020 pelo “contributo incontestável” para a cultura portuguesa. Estudou pintura na Escola Superior de Belas Artes, em Lisboa, e viveu na Alemanha e em França, onde foi uma das fundadoras da revista “KWY”, um título composto por três letras que não existiam, na época, no alfabeto português.

Nascida no Funchal, frequenta o curso de Pintura (Curso Superior de Belas Artes) da Escola Superior de Belas Artes de Lisboa, curso que não viria a terminar por via da sua “expulsão” em 1956, “pela não conformidade com o cânone académico que dominava o sistema de ensino de então”.

Expõe individualmente pela primeira vez em 1955, no Clube Funchalense, participando também em algumas exposições coletivas em Lisboa.

Parte para Munique em 1957 e, pouco depois, instala-se em Paris com o marido, René Bertholo. No ano seguinte funda, juntamente com René Bertholo, Costa Pinheiro, João Vieira, José Escada, Gonçalo Duarte, Jan Voss e Christo, o grupo KWY, participando nas diversas iniciativas do grupo.

Em 1960 integra a mostra do KWY na SNBA, exposição que, segundo Rui Mário Gonçalves, marca o início da década de 1960 no panorama artístico português.

Em 1972 e 1979 foi artista residente na DAAD (Deutscher Akademischer Austauschdienst), em Berlim. Depois de residir 25 anos em Paris, em 1983 regressou ao Funchal.

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