Educação Pré-Escolar Covid-19
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A Educação Pré-escolar em tempo de Covid-19

06 de abril, 2020
Numa altura em que tudo o que era entendido como organização em contexto escolar se alterou de forma significativa e num momento em que se ouve falar de soluções assentes no denominado"ensino à distância", compete-nos não descurar a importante ligação que é necessário manter com as crianças e as suas famílias no que à Educação Pré-Escolar respeita.  
Numa primeira instância importa garantir que a Covid-19 não se transforma em momentos de angústia para as crianças, mas que, pelo contrário, num tempo diferente e que exige atenção e responsabilidade, se traduza, através da ligação do/da Educador/a de Infância com as famílias, num tempo de tranquilidade. Como é evidente não compete à FENPROF substituir-se ao Ministério da Educação. 
Ainda assim entendemos que as/os Educadoras/es de Infância devem procurar garantir que a resposta a dar, neste contexto, a nível da Educação Pré-Escolar passa sempre por uma reflexão em reunião de departamento, online naturalmente, onde, aí, devem ser discutidas a/as, melhor/es forma/s de manter a ligação acima referida e defendidas essas soluções junto das direções dos agrupamentos de escola. 
Escusado será falar da importância das rotinas diárias, e do cumprimento de regras, que, para além de contribuírem para o bem-estar das crianças, criam importantes oportunidades de aprendizagem e permitem a consolidação das aprendizagens realizadas no jardim de infância, neste caso num contexto diferente: em casa. Mas a realidade imposta pela Covid-19 impõe-nos que saibamos encontrar soluções ajustadas e adequadas que garantam manter, com as famílias, uma dinâmica que permita o acompanhamento das mesmas, contribuindo assim para o melhor desenvolvimento das crianças, e proporcionando-lhes condições que lhes permitam também ser proactivos nas propostas de actividades. Este é portanto um tempo de novos desafios. Porque para a Educação Pré-Escolar não haverá "ensino à distância", mas também porque, enquanto Educadoras/es de Infância, temos que garantir que nenhuma estratégia adoptada colocará em risco a privacidade das crianças ou das suas famílias. 
A FENPROF entende que o ME deverá dizer quais as plataformas digitais de comunicação que devem ser utilizadas para a articulação com as famílias, garantindo uma efectiva privacidade. Por último, o ME deve garantir que não seja imputada qualquer responsabilidade aos docentes da Educação Pré-Escolar pelo facto de, por indisponibilidade de meios, nomeadamente da parte das famílias, mas não só, não puder adoptar determinadas estratégias.

JuliaVale

 

Júlia Vale,
Coordenadora Nacional da Educação Pré-escolar

Numa altura em que tudo o que era entendido como organização em contexto escolar se alterou de forma significativa e num momento em que se ouve falar de soluções assentes no denominado"ensino à distância", compete-nos não descurar a importante ligação que é necessário manter com as crianças e as suas famílias no que à Educação Pré-Escolar respeita.  

Numa primeira instância importa garantir que a Covid-19 não se transforma em momentos de angústia para as crianças, mas que, pelo contrário, num tempo diferente e que exige atenção e responsabilidade, se traduza, através da ligação do/da Educador/a de Infância com as famílias, num tempo de tranquilidade. Como é evidente não compete à FENPROF substituir-se ao Ministério da Educação. 

Ainda assim entendemos que as/os Educadoras/es de Infância devem procurar garantir que a resposta a dar, neste contexto, a nível da Educação Pré-Escolar passa sempre por uma reflexão em reunião de departamento, online naturalmente, onde, aí, devem ser discutidas a/as, melhor/es forma/s de manter a ligação acima referida e defendidas essas soluções junto das direções dos agrupamentos de escola. 

Escusado será falar da importância das rotinas diárias, e do cumprimento de regras, que, para além de contribuírem para o bem-estar das crianças, criam importantes oportunidades de aprendizagem e permitem a consolidação das aprendizagens realizadas no jardim de infância, neste caso num contexto diferente: em casa. Mas a realidade imposta pela Covid-19 impõe-nos que saibamos encontrar soluções ajustadas e adequadas que garantam manter, com as famílias, uma dinâmica que permita o acompanhamento das mesmas, contribuindo assim para o melhor desenvolvimento das crianças, e proporcionando-lhes condições que lhes permitam também ser proactivos nas propostas de actividades. Este é portanto um tempo de novos desafios. Porque para a Educação Pré-Escolar não haverá "ensino à distância", mas também porque, enquanto Educadoras/es de Infância, temos que garantir que nenhuma estratégia adoptada colocará em risco a privacidade das crianças ou das suas famílias.

A FENPROF entende que o ME deverá dizer quais as plataformas digitais de comunicação que devem ser utilizadas para a articulação com as famílias, garantindo uma efectiva privacidade. Por último, o ME deve garantir que não seja imputada qualquer responsabilidade aos docentes da Educação Pré-Escolar pelo facto de, por indisponibilidade de meios, nomeadamente da parte das famílias, mas não só, não puder adoptar determinadas estratégias.