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Arábia Saudita eleita para Comissão dos Direitos das Mulheres da ONU

A ONG UN Watch denunciou a escolha do “regime mais misógino do mundo” para o organismo das Nações Unidas que tem por objetivo promover a igualdade de género e os direitos das mulheres.
No início do mês, a primeira-ministra britânica Theresa May visitou o monarca saudita Salman bin Abdulaziz. Foto Jay Allen/Crown Copyright/Flickr

“Eleger a Arábia Saudita para proteger os direitos das mulheres é como escolher um incendiário para chefe dos bombeiros”, criticou Hillel Neuer, diretor da UN Watch, considerando "um absurdo" o resultado da votação em que "o regime mais misógino do mundo" obteve 47 votos dos 54 países que participaram nesta eleição.

As mulheres sauditas “são obrigadas a ter um guardião masculino que toma todas as decisões fundamentais em seu nome, controlando a vida da mulher desde o nascimento até à morte”, prosseguiu Neuer, lembrando ainda a proibição vigente que impede as mulheres de conduzirem automóveis.

A Comissão dos Direitos das Mulheres conta com 45 países e na eleição desta semana para o mandato entre 2018 e 2022 participaram os 54 membros do Conselho Económico e Social, entre os quais Portugal.

A eleição da Arábia Saudita para este organismo surge poucos meses depois da sua entrada no Conselho da ONU para os Direitos Humanos, que também tem a seu cargo a definição de orientações de combate à discriminação e violência de género.

No Joke: U.N. Elects Saudi Arabia to Women's Rights Commission

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