Twitter violou contrato ao não pagar milhões em bônus a trabalhadores, diz juiz

Por Kanishka Singh

WASHINGTON (Reuters) - O Twitter violou contratos ao não pagar milhões de dólares em bônus que a empresa de mídia social, atualmente chamada de X Corp, havia prometido a seus funcionários, decidiu um juiz federal dos Estados Unidos.

Mark Schobinger, que era diretor sênior de remuneração do Twitter antes de deixar a empresa de Elon Musk em maio, processou o Twitter em junho, alegando quebra de contrato.

O processo de Schobinger alegou que antes e depois que o bilionário comprou o Twitter no ano passado, ele prometeu aos funcionários bônus de metas para 2022 de 50%, mas nunca fez esses pagamentos.

Ao negar a moção do Twitter para encerrar o caso, o juiz distrital Vince Chhabria, decidiu que Schobinger declarou plausivelmente uma reivindicação de violação de contrato e que ele estava coberto por um plano de bônus.

“Depois que Schobinger fez o que o Twitter pediu, a proposta do Twitter de lhe pagar um bônus em troca se tornou um contrato vinculativo sob a lei da Califórnia. E ao supostamente se recusar a pagar a Schobinger o bônus prometido, o Twitter violou esse contrato”, escreveu o juiz.

Os advogados do Twitter argumentaram que a empresa fez apenas uma promessa oral, que não era um contrato, e que a lei do Texas deveria conduzir o caso, de acordo com o Courthouse News, que primeiro reportou a decisão. Mas o juiz decidiu que a lei da Califórnia conduzirá o caso e que “todos os argumentos contrários do Twitter falharam”.

A empresa de rede social é alvo de numerosos processos de ex-funcionários e executivos desde que Musk comprou a companhia e na sequência demitiu mais de metade de sua força de trabalho.

Os processos variam desde discriminação contra funcionários mais velhos, mulheres e pessoas com deficiência a não cumprir aviso prévio no caso de demissão em massa.

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