Las Vegas, EUA - A febre da inteligência artificial generativa já transformou o mercado de computação em nuvem. A nova onda tecnológica está em 100% das palestras, painéis, entrevistas, casos de uso e estandes na feira que acompanha o re:Invent 2023, o maior evento anual da AWS, que acontece em Las Vegas, nos EUA. E como aponta a maior empresa do setor, não é mais possível separar a nuvem da IA generativa.
“O mercado mudou. E o que vimos em 2023 foi uma conscientização da sociedade como um todo sobre a importância da IA. Não é mais possível dissociar uma coisa da outra”, afirma o líder de arquitetura de soluções para o setor privado da AWS na América Latina, Américo de Paula.
Alex Coqueiro, que lidera a arquitetura de soluções para o setor público, ressalta que essa visão revela a estratégia da AWS para o uso intensivo de inteligência artificial generativa na mais ampla gama de ferramentas da plataforma de computação em nuvem.
“IA generativa é muito mais que um chatbot. Ele passa a ser a fundação da plataforma. Daí a quantidade de serviços que tem IA generativa. E passa a ser um arcabouço de toda a experiência do usuário final. O que estamos vendo aqui é uma visão nossa, estratégica, de olhar a IA generativa presente em todo o lugar para a melhoria da experiência do usuário”, afirma o líder de arquitetura de soluções para setor público da AWS na América Latina, Alex Coqueiro.
É exatamente por isso, insiste Coqueiro, que o evento da AWS é totalmente dominado por lançamentos que inserem a nova febre tecnológica em todas as ferramentas da empresa.
“Não vai ser preciso nem pensar nisso. A IA generativa vai estar lá. É uma mudança de comportamento. Mas há diferenças de abordagem no mercado. Algumas empresas entendem a IA generativa como ponto principal. Nós entendemos como fundação. A IA generativa não está em um, dois ou três serviços, mas em 30. É pervasivo. A IA generativa passa a ser o status quo de qualquer pessoa utilizando a nuvem.”
Mas poderia ser muito mais se a região não padecesse de uma desigualdade digital tão aguda entre as áreas urbanas e rurais. Um exemplo: apenas cinco economias têm acesso ao 5G.
"Nosso planejamento é ter a PanGu disponível no primeiro trimestre do ano que vem adequada ao Brasil", adianta Mark Chen, presidente de vendas e soluções globais da Huawei Cloud.
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