Sim: Yoshua Bengio (Université de Montréal, Mila – Quebec AI Institute) e Max Tegmark (Institute for Artificial Intelligence & Fundamental Interactions e Center for Brains, Minds and Machines, ambos no MIT)

Não: Melanie Mitchell (Santa Fe Institute) e Yann LeCun (Meta e Courant Institute of Mathematical Sciences & the Center for Data Science).

Sumário: “Com o lançamento do ChatGPT, a IA outrora prometida num futuro distante parece ter chegado de repente com o potencial de remodelar as nossas vidas profissionais, a cultura, a política e a sociedade. Para os defensores da IA, estamos a entrar num período de mudança tecnológica sem precedentes que irá aumentar a produtividade, libertar a criatividade humana e capacitar milhares de milhões de pessoas de formas que ainda só começamos a imaginar. Outros pensam que devemos estar muito preocupados com o desenvolvimento rápido e não regulamentado da IA. Para os seus detractores, as aplicações de IA como o ChatGPT anunciam um admirável mundo novo de falsificações profundas e de propaganda em massa que pode ultrapassar tudo o que as nossas democracias experimentaram até à data. Um imenso poder económico e político pode também concentrar-se em torno das empresas que controlam estas tecnologias e os seus tesouros de dados. Por último, existe a preocupação existencial de podermos, num futuro não muito distante, perder o controlo de IAs poderosas que, por sua vez, perseguem objectivos contrários aos interesses da humanidade e à nossa sobrevivência como espécie”.