Clicky

Convergência Digital - Home

Cloud é a plataforma da internet das coisas no espaço

Convergência Digital
Luís Osvaldo Grossmann* - 09/06/2023

Enquanto lidera o mercado global de computação em nuvem, a AWS já começou a criar um ambiente conectado no espaço e aposta no desenvolvimento de um ambiente de ampla integração entre diferentes satélites e demais objetos espaciais e estações terrenas. Como aponta o diretor global da área Aeroespacial da AWS, Clint Crosier, são os primeiros passos para uma internet das coisas do espaço. 

“A tecnologia de nuvem provê uma plataforma comum que permite satélites, que normalmente não conversariam entre si, conversarem via cloud. Portanto a nuvem se torna a plataforma básica que permite conectar mais e mais capacidades espaciais, e começa a estabelecer o que vemos como uma internet das coisas do espaço, que vai nos garantir ainda mais conectividade global”, afirmou o executivo durante o AWS Public Sector Summit, que acontece em Washington, nos EUA, nesses 7 e 8 de junho. 

“O espaço nos permite conectar coisas que não estavam conectadas. Mas um dos desafios é que os sistemas espaciais historicamente foram construídos de forma que um satélite só é capaz de se comunicar com uma estação terrena, um satélite não pode falar com outro. E havia razões para isso, especialmente em segurança, porque muito do espaço estava militarizado. Mas hoje, com tantas capacidades comerciais, é possível reconhecer que o futuro, assim como na Terra temos uma internet das coisas, de forma que quanto mais coisas conectadas, melhores são as capacidades. É o mesmo caso no espaço.”

Clint Crosier acabou de voltar do Brasil, onde, em maio, firmou pela AWS uma ampliação do acordo entre a empresa e a Agência Espacial Brasileira, iniciado em fevereiro de 2022. Ele inclui iniciativas voltadas para o crescimento da indústria espacial brasileira, programas nacionais de pesquisa e desenvolvimento espacial, recursos de treinamento e impulsionamento de startups. 

Durante o Summit em Washington, a AWS apresentou outro acordo ampliado focado no espaço, nesse caso com a startup japonesa Infostellar, justamente para uma plataforma que facilita a conectividade entre objetos espaciais que, como mencionado, não foram feitos para falarem entre si. Nesse caso, a Infostellar, que tem suas próprias estações terrenas, também se vale das 11 estações terrenas que a AWS tem ao redor do planeta, com foco em um ecossistema agnóstico para intercomunicação e compartilhamento de dados. 

“É possível usar dados espaciais para fazer do mundo um lugar melhor. Por exemplo, monitorando baleias em risco de extinção na costa da Califórnia para alertar navios, suporte à agricultura na Austrália para ampliar a produtividade das safras, ou identificar do espaço onde a plantação não recebe água suficiente, erosão do solo, etc. Também o monitoramento e resposta a desastres, verificando áreas onde é possível enviar equipes durante a passagem de um furacão. Os meios de usar o espaço são extraordinários. Ou ainda as indústrias de entretenimento e telecomunicações, e muito mais, se beneficiam desse tipo de capacidade. E vamos ver isso cada vez mais ao usarmos mais e mais o espaço. E todas essas empresas precisam de operações com custo benefício para coletar esses dados”, completou Crosier. 

* Luís Osvaldo Grossmann participa do AWS Public Sector Summit, em Washington, nos EUA, à convite da AWS Brasil

Inteligência de Dados - Sponsor: SAS
Inteligência Artificial contribuirá com US$ 0,5 trilhão na América Latina até 2030

Mas poderia ser muito mais se a região não padecesse de uma desigualdade digital tão aguda entre as áreas urbanas e rurais. Um exemplo: apenas cinco economias têm acesso ao 5G.


Destaques
Destaques

PanGu, a IA da Huawei, está sendo treinada para o Brasil

"Nosso planejamento é ter a PanGu disponível no primeiro trimestre do ano que vem adequada ao Brasil", adianta Mark Chen, presidente de vendas e soluções globais da Huawei Cloud. 

Xertica investe US$ 1 milhão para ser a fornecedora de nuvem do setor público

Parceira do Google Cloud, empresa quer atuar em estados e municípios entre 300 mil a 1 milhão de habitantes."São áreas carentes de bons serviços", afirma o general manager no Brasil, Alfredo Deak. 



Veja mais vídeos
Veja mais vídeos da CDTV

Veja mais artigos
Veja mais artigos

Datacenters no Brasil: reflexões sobre oportunidades e desafios de um mercado em expansão

Por Christian Mendes Gouveia *

Nos últimos anos, a América do Sul tem sido palco de um notável crescimento na indústria de data centers, com destaque para o Brasil. Esse boom está intrinsecamente ligado à crescente demanda por armazenamento e processamento de dados, impulsionada pela digitalização em todas as esferas da sociedade. O aumento do uso de algoritmos, inteligência artificial e a iminente chegada do 5G estão entre os principais impulsionadores desse crescimento.

Inteligência artificial aplicada às indústrias e a economia digital

Por Yang Hua*

Dados dispersos e sem controle, ou armazenados de forma caótica, são oportunidades de negócios perdidas. 


Copyright © 2005-2020 Convergência Digital ... Todos os direitos reservados ... É proibida a reprodução total ou parcial do conteúdo deste site