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TI in house puxa as contratações de TIC no Brasil

Por Roberta Prescott - 19/05/2023

O macrossetor de tecnologia da informação e comunicações gerou 117 mil empregos em 2022, totalizando com 2,02 milhões de empregos em 2022, um crescimento de 6,1% em relação a 2021 (1,904 milhão), que, por sua, também registrou aumento (+11,7%) em relação a 2020. Mas, mesmo ainda, a demanda por mão de obra segue alta. O Relatório Setorial da Brasscom apontou que, de 2023 a 2025, a demanda por novos talentos em tecnologia chegará a 541 mil posições previstas (vagas) nas empresas.

“A perspectiva é que o Brasil siga precisando de gente, mas não conseguimos mensurar qual é o déficit; o quanto as empresas não contratam por não conseguir”, explicou o presidente-executivo da Brasscom, Affonso Nina. Segundo ele, as empresas estão com políticas de formação, enquanto a associação trabalha para fomentar programas mais a longo prazo. E, em meio ao debate de formação de mão de obra, além da qualificação, a requalificação também é importante, dada a velocidade que a tecnologia se transforma.

“Tem de se promover a alfabetização digital das crianças entre cinco e dez anos. Países que fizeram isso há 30 anos estão hoje na vanguarda. A Brasscom articula ações para o curto prazo e políticas para o longo prazo. Não é fácil, mas, hoje, já vemos mais ações acontecendo e com escala, porque não adianta formar apenas 500 pessoas”, assinalou.

Para este ano, a expectativa, conforme apontou Affonso Nina, é que continue havendo aumento de empregos, embora a um ritmo menor que em 2022 — cujo porcentual também foi menor na comparação com 2021. Uma das explicações é que, durante a pandemia, houve um crescimento acentuado.  O setor de TI in House tem puxado para cima as contratações, com um incremento na ordem de 1,3% com 6.816 empregos gerados. “Vemos empresas investindo em pessoas para trabalhar em tecnologia internamente”, apontou Affonso Nina. 

Competição com empresas estrangeiras

Durante a pandemia, com muita gente passando a trabalhar de casa, abriu-se uma porta para profissionais prestarem serviços a empresas localizadas fora do Brasil. Ainda que esta seja uma queixa recorrente de executivos, Affonso Nina disse que não há números oficiais que apontem para o tamanho desta brecha. 

A Brasscom realizou uma pesquisa — porém, com pouca amostragem — que identificou cerca de 3% de contratações no Brasil de brasileiros que antes trabalhavam para o exterior. E um patamar semelhante de pessoas passando a trabalhar para empresas estrangeiras. No entanto, Affonso Nina destacou talvez o lado mais frágil deste movimento: “Existe uma preocupação social, com as pessoas ficando à margem da segurança trabalhista”, apontou. 

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