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TIM corre atrás de Vivo e Claro no 5G e prevê consolidação na rede neutra e nos ISPs

Ana Paula Lobo ... 09/05/2023 ... Convergência Digital

A TIM admitiu que está, sim, correndo atrás das rivais Vivo e Claro no 5G - onde tem algo em torno de 22% e apontou a razão de estar 'atrasada': o market share no pós-pago. "O pós-pago é crucial no 5G e temos como ponto de partida o fato de termos menos clientes nos abre uma oportunidade", disse o CEO da TIM Brasil, Alberto Grizelli, em coletiva de imprensa após a divulgação dos resultados do primeiro trimestre de 2023, nesta terça-feira, 09/05.

Com relação ao 5G, os dados da Anatel mostram que a Claro na primeira posição e a Vivo na segunda posição. A TIM aparece com cerca de 22%. A estratégia da TIM para crescer no pós-pago está não apenas no subsídio aos smartphones, mas também para laptops e acessórios. "A TIM é uma empresa de tecnologia e temos de ter uma oferta mais ampla para o público. Temos um caminho a seguir, mas acreditamos nos descontos de fidelização e outras ações para crescer", adicionou Fabio Avellar, CRO da TIM Brasil.

Já sobre consolidação - tema tocado por Grizelli na teleconferência - o CEO da TIM Brasil diz que será inevitável que os ISPs se juntem. "Poucos países no mundo têm tantos provedores como o Brasil. A consolidação começa com os pequenos pelos grandes e depois chegará aos grandes, que querem novas operações como telefonia móvel. E o custo do dinheiro está muito caro", pontuou. Grizelli fez questão de descartar a TIM atuando, agora, como consolidadora, mas não fechou a porta para ações futuras.

O CEO da TIM também falou que o movimento deverá acontecer também com as redes neutras. "Tem muito fornecedor de infraestrutura e o negócio tem de ser sustentável", advertiu. No caso das redes neutras, postura semelhante à adotada com ISPs. A TIM não se candidata, agora, a comprar ninguém, mas não fecha a porta e diz manter a estratégia de atuar com a sócia I-Systems e com a V.tal. Grizelli evitou comentar a situação da empresa de rede neutra por conta da situação econômica da Oi.

Resultados

A TIM, no primeiro semestre de 2023, apresentou lucro de R$ 412 milhões, alta de 1,7% em relação ao mesmo período de 2022. Os dados refletem a aquisição pela empresa de ativos que eram da Oi móvel, entre infraestrutura, espectro e clientes, o que ampliou a geração de receita da companhia. As receitas terminaram março com alta de 19,3%, somando R$ 5,64 bilhões. A empresa diz ainda que em março terminou todas as etapas do processo de integração de ativos da Oi Móvel. Todas a infraestrutura e migração de clientes foi concluída e 1,5 mil torres redundantes adquiridas no pacote foram desligadas e desmontadas.

O balanço da TIM no primeiro trimestre mostra alta de 20,2% ano a ano nas receitas do serviço móvel, R$ 5,15 bilhões. A área que mais cresceu foi justamente a de clientes, com expansão de 23,6% em função da incorporação de quase 10 milhões de clientes que eram da Oi. O ARPU Móvel Normalizado (receita média mensal por usuário) atingiu R$ 27,9 no trimestre (+1,7% A/A), retomando o crescimento anual, apesar do efeito diluidor gerado pela adição dos clientes vindos da rival.

A “plataforma de clientes”, área da TIM dedicada a novos negócios digitais e com startups, encolheu 10,9%, registrando receita de R$ 32 milhões. Na banda larga fixa, a operadora cresceu 9,4% em receitas, para R$ 209 milhões no trimestre. O EBITDA (lucro antes de impostos, depreciações, amortizações e juros) da companhia foi de R$ 2,57 bilhões, alta de 22,5% sobre o primeiro trimestre de 2022. A margem melhorou: passou de 44,5% no começo do ano passado para 45,7% agora. O Capex (investimento de capital) diminuiu 3%, para R$ 1,28 bilhão. A empresa explica que a queda se deveu a menores aportes em “TI e Outros”. A companhia avisa que este patamar não será mantido e são esperadas “quedas mais relevantes ao longo do ano de 2023”. O endividamento líquido da companhia era de R$ 15 bilhões, 1,4x o EBITDA Normalizado. Um ano antes, era de R$ 15,88 bilhões, 1,7x o EBITDA Normalizado.

Na comparação entre o começo de 2022 e o começo de 2023, a operadora ampliou a base de clientes em 18% em função da aquisição de carteira da Oi Móvel em abril do ano passado. Com isso, chegou a 61,72 milhões de assinantes ao fim de março último. Destes, 35,65 milhões eram pré-pagos e 26 milhões, pós-pagos. Do total, 55 milhões eram usuários 4G e 1,92 milhão, 5G. Em termos de participação de mercado, a TIM terminou o trimestre com 32,1% no pré, 18,6% no pós (considerando M2M), e 21,5% considerando apenas o pós-pago “humano”.Na banda larga por fibra, a companhia cresceu 6,3% em número de clientes, e chegou a 732 mil, dos quais, 592 mil em FTTH (fibra direto ao domicílio), conseguindo migrar parte da base que utilizava FTTC (fibra até o armário da operadora no bairro). Os assinantes FTTC caíram 44,4%, para 140 mil.


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