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Hackers invadem satélite e tomam controle de envio de dados para Terra

Impressão artística do nanosatélite OPS-SAT, da ESA (Agência Espacial Europeia) - ESA
Impressão artística do nanosatélite OPS-SAT, da ESA (Agência Espacial Europeia) Imagem: ESA

De Tilt, em São Paulo

01/05/2023 16h24Atualizada em 02/05/2023 09h22

Empresas e agências espaciais estão lotando o céu com satélites para os mais devidos fins, mas eles não são imunes à ciberataques.

Com isso em mente, um grupo de hackers conseguiu tomar o controle de um satélite da ESA (Agência Espacial Europeia) em um experimento conduzido pela agência para melhorar a segurança desses equipamentos.

O alvo dos hackers foi o nanosatélite OPS-SAT, que foi enviado para a órbita baixa da Terra em 2019.

Especialistas da empresa de segurança francesa Thales Security conseguiram ter acesso a ele, podendo comprometer as imagens que ele envia para a Terra, acessar a câmera, além de mudar controles de altitude e GPS (sistema de posicionamento global).

O resultado foi relatado na semana passada durante a Cysat, evento de cibersegurança realizado na França na última semana. Apesar do exercício, a ESA manteve acesso aos sistemas do satélite para assegurar o seu funcionamento.

Desta vez foi um teste controlado, e a ação dos hackers deve ajudar a resolver brechas nos próximos satélites a serem lançados.

No entanto, hackeamento de satélites pode ser um problema emergente, dado que várias empresas têm feitos lançamentos para os mais diversos fins: das constelações da Starlink para fornecer internet a opções governamentais para, por exemplo, ajudar na previsão do tempo.

Nos Estados Unidos, as Forças Espaciais — braço da Força Aérea dos que tem como objetivo para defender interesses do país no espaço — já promoveu desafios, oferecendo dinheiro a hackers que conseguissem encontrar vulnerabilidades.

Ainda que pareça coisa de filme de ficção científica, o hackeamento de satélites pode influenciar vários aspectos da nossa vida, como acesso à internet, problemas para locomoção (sobretudo para quem usa GPS), além de consequências mais críticas como prejudicar infraestrutura de um país ou forçar que ele destrua outros satélites — alguns contam com um propulsor de carga baixa, mas que pode causar uma colisão no espaço.