A Accenture foi às compras no Brasil e adquiriu a Morphus, provedora privada brasileira de serviços de defesa cibernética, gerenciamento de riscos e inteligência de ameaças cibernéticas, expandindo suas atividades no país e na América Latina. Os detalhes financeiros não foram divulgados.
Fundada em 2003 em Fortaleza, no Ceará, a Morphus tem escritórios também em Recife, São Paulo, Rio de Janeiro, e em Santiago, no Chile. O abrangente portfólio da Morphus inclui serviços de red and blue teams; serviços de governança, risco e compliance; gerenciamento de riscos corporativos; estratégia cibernética; inteligência de ameaças; e serviços de segurança gerenciados (MSS, ou managed security services).
De acordo com a pesquisa recente de Cyber Threat Intelligence da Accenture, o Brasil é uma das principais vítimas do malware infostealer -- software malicioso projetado para roubar informações da vítima, como senhas. “A aquisição traz mais de 230 profissionais altamente qualificados, tornando a Accenture uma das maiores provedoras de serviços profissionais de segurança cibernética do Brasil", comemora Paolo Dal Cin, líder da Accenture Security globalmente.
Com forte atuação no Brasil e no Chile, a Morphus traz para a Accenture o Morphus Labs, um centro de pesquisa em Fortaleza dedicado a estudos de cibersegurança, a análises de vulnerabilidades e ameaças e aos MSS. Isso adicionará um novo Cyber Fusion Centre à rede global existente da Accenture e um novo laboratório de pesquisa e desenvolvimento de segurança cibernética. Os valores da transação não foram revelados pelas partes.
Executivos de TI de gigantes brasileiras destacaram segurança como preocupação primeira durante painel em comemoração aos 30 anos de atuação da Cisco no país.
“Todo mundo usa dispositivo particular. É interessante a empresa pensar em pagar um sistema operacional licenciado, pagar antivírus para o funcionário, para não contaminar o ambiente corporativo”, diz o chefe da divisão de TIC do Comando de Defesa Cibernética, Nestor Lana.
"Houve ações efetivas tomadas pela Anatel que trouxe iniciativas para mitigar os riscos cibernéticos em Telecom. E essas regras podem ser implantadas em outras agências e órgãos públicos", sugere o CSO da Huawei Brasil, Marcelo Motta. A fabricante investiu 2 bilhões de dólares em engenharia de software para mitigar os riscos nos seus equipamentos.
Segundo o Tribunal de Contas, falhas se devem a falta de recursos, investimentos, pessoal e capacitação.