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Nordeste da Argentina em chamas. Arderam mais de 550 mil hectares

Um total de novos focos de incêndio avançam sem controlo pela província argentina de Corrientes (nordeste da Argentina), onde o fogo já destruiu mais de 500 mil hectares ao longo dos últimos dias, adiantou a EFE.

Nordeste da Argentina em chamas. Arderam mais de 550 mil hectares
Notícias ao Minuto

00:23 - 19/02/22 por Lusa

Mundo Argentina

Em declaração ao canal de notícias TN, o governador provincial, Gustavo Valdês, descreveu a situação como "caótica", devido à combinação de altas temperaturas, baixa humidade e a seca que assola Corrientes há vários meses.

"Isto está assoberbado. Hoje estamos a trabalhar com doze aviões, três helicópteros, estão a enviar camiões, polícias, bombeiros... Temos isso tudo e veja-se como estamos", disse o chefe do executivo correntino.

De acordo com o último relatório do Ministério do Ambiente, permaneciam hoje ativos nove incêndios em Corrientes (um mais do que na quinta-feira), concentrados especialmente na zona setentrional da província.

Nesse sentido, Valdês referiu que desde meados de janeiro até hoje houve "7.000 focos de incêndio" em Corrientes, destruindo bosques nativos, bosques cultivados e estuários.

Por isso, o Governo nacional aprovou um apoio de 200 milhões de pesos (cerca de 1,65 milhões de euros) e outros seis milhões (cerca de 49,6 mil euros) do Ministério do Desenvolvimento Social para a província, ainda que o governador insista que é necessária uma "ajuda extraordinária".

"Corrientes precisa de ajuda extraordinária pela magnitude e pelo impacto que está a ter nos produtores, nos campos, nos criadores de gado, nos produtores de arroz... Realmente precisamos de ajuda extraordinária para nos podermos levantar deste inferno, porque isto é algo que nunca vivemos", lamentou.

O chefe de Operações de Proteção Civil de Corrientes, Orlando Bertoni, garantiu que "os fogos não param" e que os operacionais começam a sentir "cansaço" e "esgotamento" pelas duras jornadas de trabalho.

"Em 22 anos de liderança nunca vi tantos incêndios e uma seca tão prolongada. Já passámos por seis, até oito meses de seca, mas nunca desta magnitude", garantiu em declarações à Rádio Canal Abierto.

Perante o avanço "agressivo" do fogo, hoje a prioridade máxima das equipas de emergência está em salvar habitações e núcleos produtivos e industriais, pelo que Bertoni não descartou que ardam mais hectares de campo.

A província de Corrientes não conta um corpo de brigadas próprio e são bombeiros voluntários os encarregados de enfrentar os incêndios, uma situação que, na opinião do Governo nacional, deve ser revertida quanto antes, "porque as alterações climáticas chegaram para ficar".

"Defendemos que as províncias tenham as suas próprias brigadas. Os bombeiros voluntários nem sempre têm formação especificamente para florestas", disse o ministro do Ambiente, Juan Cabandié.

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