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Por G1 Rio


Nelson Sargento durante ensaio fotográfico na Cidade das Artes, Rio de Janeiro, em setembro de 2014 — Foto: Claudia Martini/Enquadrar/Estadão Conteúdo/Arquivo

O corpo do sambista Nelson Sargento foi cremado no início da tarde desta sexta-feira (28) em uma cerimônia íntima restrita à família e aos amigos, no Cemitério e Crematório da Penitência, no Caju, Zona Portuária do Rio.

O sambista morreu nesta quinta-feira (27), aos 96 anos, no Rio de Janeiro, por complicações da Covid.

A família do cantor decidiu por não realizar um velório público para evitar aglomerações por causa Covid.

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Autor de 'Agoniza, mas não morre'

Nelson Sargento era o presidente de honra da Estação Primeira de Mangueira e autor de sucessos como "'Agoniza, mas não morre". Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), ele morreu às 10h45, no Rio de Janeiro.

Sargento foi diagnosticado com o Covid na semana passada, quando foi internado no Inca. Além da idade avançada, Nelson também sofreu com um câncer de próstata anos atrás.

Nelson Sargento — Foto: Edinho Alves / Divulgação

No dia 26 de fevereiro, o compositor da Mangueira recebeu a segunda dose da vacina contra a Covid-19 em casa. A primeira dose, em um ato simbólico no dia 31 de janeiro, marcou o início da imunização de idosos.

Segundo os epidemiologistas, nenhuma vacina é 100% eficaz, mas as chances de uma pessoa vacinada ser infectada pelo vírus é muito menor do que a de quem não foi vacinado. A proteção máxima só é alcançada quando grande parte da população está imunizada e o vírus para de circular.

"As pessoas têm muita dificuldade de entender qual é a função de uma vacina", diz Natalia Pasternak, bióloga e divulgadora científica brasileira, fundadora e primeira presidente do Instituto Questão de Ciência. "Elas acham que a vacina é mágica. Ou seja, tomou a vacina, está protegido; não tomou, vai ficar doente. Não é assim que vacinas funcionam."

Obra inédita

A nora e produtora musicial de Nelson, Lívea Mattos, contou ao G1 que, mesmo afastados dos palcos, o sambista não parava de criar. Ela disse que ele deixa um CD de músicas inéditas com Agenor de Oliveira, tem uma gravação recém-descoberta com Wilson Moreira - que morreu em 2018 - , e muitos registros de shows e momentos íntimos gravados.

"Além disso, ele não parava de escrever. Tinha um caderninho em que escrevia orações, que gostava muito. Ele rezava vários vezes ao dia. Eu só tenho a agradecer por ter convivido com ele, mas vai fazer muita falta”, diz Lívea.

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