É comum que projetos de design tenham origem em necessidades e problemas identificados em determinado segmento.
Digamos que ao se identificar a demanda de muita roupa para lavar é possível que se desenvolvam projetos de produto com máquinas de lavar de maior capacidade.
A necessidade sempre foi o caminho mais rápido para a geração de novos produtos. Mas a forma de pensar do designer pode ir além e nem sempre a solução pode ser tão óbvia assim.
Para aumentar o faturamento da empresa podem-se expandir as vendas, mas é preciso cuidar que a produção acompanhe este aumento. Pode-se também fazer um projeto visando aperfeiçoar uma linha de produção.
Para isso vai ser identificada cada uma das etapas do processo produtivo, suas dependências, entradas e saídas de materiais e outras tantas variáveis ligadas ao sistema produtivo visando investigar a possibilidade de redução de tempo, de operações, de insumos entre outros.
Este é o design de processo ou design de produção e está focado nos meios de produção que tornarão viável o produto final. É outra forma de empresas fazerem uso do designer para melhorar seu desempenho comercial sem que isso resulte necessariamente no desenvolvimento de novos produtos.
Quando este tipo de trabalho acontece nas empresas dificilmente os resultados são atestados por fotos bem feitas de imagens belíssimas dos novos produtos ou da transformação dos mesmos em linhas mais modernas, arrojadas ou funcionais.
Quando o resultado esperado do design de processo é mensurado, ele vem na forma de valores financeiros: menor estoque, maior rapidez de produção, menor custo de mão de obra serão traduzidos em custos e resultarão na medida de desempenho mais comum no meio empresarial, o lucro. Um mesmo objetivo pode ser atingido de diferentes formas e o design é um meio de equacionar estas variáveis.
