Segundo um recente estudo, a inteligência artificial (IA) pode contribuir para ajudar os consumidores de notícias a entender a veracidade das mesmas mas isso apenas ocorre quando a notícia está a surgir pela primeira vez, altura em que melhor se pode “ajudar a mitigar as consequências negativas da desinformação”.

“A detecção de notícias falsas e enganadoras tornou-se uma das principais prioridades para investigadores e profissionais. Apesar do grande número de esforços nesta área, muitas questões permanecem sem resposta sobre o desenho ideal de intervenções, para que elas possam informar efectivamente os consumidores de notícias”.

Neste caso, os investigadores tentam “preencher parte dessa lacuna, explorando dois elementos importantes do design de ferramentas: o momento das intervenções da veracidade das notícias e o formato das intervenções apresentadas. (…) Descobrimos que em situações de notícias novas, os utilizadores são mais receptivos aos alertas da IA e, além disso, sob esta condição, o aconselhamento personalizado é mais eficaz do que o genérico”.

O trabalho foi publicado na revista Computers in Human Behavior Reports por investigadores da University of Tennessee e do Rensselaer Polytechnic Institute (ambos nos EUA).

“Eles descobriram que as intervenções impulsionadas pela IA geralmente são ineficazes quando usadas para sinalizar problemas em notícias sobre tópicos frequentemente analisados sobre os quais as pessoas estabeleceram crenças, como as mudanças climáticas e a vacinação”, refere a TechXplore.