Foi às primeiras horas de um 2021 que todos esperam ser de esperança que chegou ao fim a vida de Carlos do Carmo, voz maior de Portugal desde o adeus de Amália Rodrigues. Pouco mais de um ano depois de se despedir dos palcos no Coliseu dos Recreios, a 9 de novembro de 2019, ainda sem pandemia e distanciamento social, num concerto que juntou na plateia e camarotes as principais figuras do Estado, muitos dos seus pares e milhares de admiradores, o cantor não sobreviveu à cirurgia que o procurava salvar de um aneurisma na aorta abdominal, morrendo aos 81 anos no Hospital de Santa Maria, em Lisboa.