Usamos cookies para personalizar e melhorar sua experiência em nosso site e aprimorar a oferta de anúncios para você. Visite nossa Política de Cookies para saber mais. Ao clicar em "aceitar" você concorda com o uso que fazemos dos cookies

Marca Bahia Notícias

Notícia

De cabeça na campanha em Salvador, Rui vai tentar dar fôlego a Denice na reta final

Por Fernando Duarte

De cabeça na campanha em Salvador, Rui vai tentar dar fôlego a Denice na reta final
Foto: Reprodução/ Facebook

A cerca de 15 dias do primeiro turno das eleições 2020, o governador Rui Costa intensificou a presença em Salvador. Não apenas na campanha da afilhada política dele, Major Denice (PT), mas também com uma agenda voltada a ações e obras na capital. É uma tentativa de reativar a memória de que coube ao governo da Bahia uma série de intervenções e projetos na cidade. No entanto, as chances dessa comunicação funcionar nas urnas em um espaço de tempo curto é bem pequena. Rui demorou a investir nessa seara.

 

As viagens ao interior ficaram mais escassas, porém não deixaram de acontecer desde o início da campanha oficial. Pelo menos Feira de Santana, Vitória da Conquista, Juazeiro e Jequié foram destinos para atividades partidárias. Nesses municípios, o governador demonstrou apoio aos aliados que tentam lograr êxito nas urnas. Tal qual tem feito, insistentemente, durante atos da campanha de Denice. Porém, mesmo com todo o peso de Rui ser um grande eleitor, o resultado efetivo ainda não foi mensurado nas pesquisas de opinião.

 

Até agora, a candidatura petista deu sinais de que pode crescer. Denice, que chegou a figurar abaixo de Pastor Sargento Isidório (Avante) e Olívia Santana (PCdoB), reagiu nas intenções de voto, mas ainda aquém da demanda por forçar um segundo turno contra Bruno Reis (DEM). Na última pesquisa do Bahia Notícias em parceria com Instituto Paraná Pesquisas, a policial militar ampliou o percentual, enquanto os aliados que ora são adversários tiveram queda. Ou seja, não há um caminho direto que sugira uma disputa em dois turnos.

 

Por isso haverá uma intensificação da associação da figura de Rui enquanto gestor que trouxe obras e investimentos em Salvador ao tempo em que ele aparece como o padrinho da candidatura de Denice. É a mesma lógica que ACM Neto tem utilizado com Bruno Reis, porém de maneira tardia. O vice tem a imagem trabalhada há quase quatro anos. Já Denice só passou a figurar nesse papel de março para cá, e ainda sob intenso fogo amigo. Qualquer esforço, às vésperas da eleição, será válido, mesmo que não surta o efeito esperado.

 

O governador sabe que o desempenho da afilhada política na corrida pela prefeitura de Salvador será importante para manter a coesão da base aliada. Um fracasso nos mesmos níveis de Alice Portugal (PCdoB) em 2016 pode inviabilizar que o diálogo siga fluindo entre as siglas que o apoiam na Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), pois Rui foi o avalista que “bancou” uma ilustre desconhecida na disputa. A conta pode não ser cobrada à vista. Mas a prazo poderá sair cara, a depender desse resultado.

 

Este texto integra o comentário desta sexta-feira (30) para a RBN Digital, veiculado às 7h e às 12h30, e para a rádio A Tarde FM. O comentário pode ser acompanhado também nas principais plataformas de streaming: Spotify, Deezer, Apple Podcasts, Google Podcasts e TuneIn.

Compartilhar