Especial (diversos)

Como o Minecraft me ajudou a matar a saudade de casa

Em tempos de gráficos 4K, monitores 144hz, 120fps e nova geração de consoles, um grupo bem notável de gamers prefere os gráficos pixelados de um jogo que já ultrapassou os 10 anos de vida (11 anos para ser mais exato)

Mas o que está por trás desse jogo que vai na contramão dos games e da evolução gráfica?

Acredito que cada um possui a sua própria história com ele. Então darei a minha opinião pessoal e irei relatar a minha experiência nesse mundo que já parece não ter fim.

Eu confesso que sou um cara muito ansioso, mas em épocas de pouca responsabilidade os jogos mais agitados não me afetava tanto.. Com o tempo e os problemas naturais da vida, esses jogos começaram a  atacar demais a minha ansiedade. Até que meu sobrinho, por volta de 2010 me apresenta um jogo que deixou meu cérebro um pouco confuso. Fui relutante até resolver dar uma chance. Então eu entendi. O Minecraft funciona na minha frequência. Me senti tomando um chá de valeriana (calmante).

Aquela música, as possibilidades infinitas de criação. Ok, me senti viciado por algum tempo. Eu passava horas tentando encontrar material para deixar minhas casas e construções cada vez mais bonitas e protegidas para encarar a noite que estava por vir.

A distância

Nesse meio tempo me mudei de país e estive fisicamente distante das pessoas que amo.

O Minecraft voltava novamente como uma forma de me unir com as pessoas que amo, nem que fosse virtualmente.

Tive então a ideia de alugar um VPS. Por não ter muita experiência, optei pela versão de VPS Windows , pois um servidor virtual funciona como nosso próprio computador e é mais fácil para mexer.

Com meu mundo online passei a encontrar com meu sobrinho e alguns de meus amigos. Para muitos pode parecer besteira, mas o Minecraft me ajudou a vencer ao menos um pouco a minha distância física.

Lá dentro compartilhamos construções, lutas, medo nas profundas cavernas e muita risada. Foi o meu modo de ficar perto de meus amigos e familiares.

Ainda hoje, depois de 10 anos, sinto o mesmo prazer em me “logar” nesse mundo todo pixelado e criar as minhas coisas. E não preciso nem dizer que em tempos de quarentena e a 13 mil km de casa, essa ainda é a forma de estar com as pessoas que amo.

Entendo que esse jogo não acompanha todas as evoluções técnicas, mas a verdade é que a minha pergunta inicial não pode ser facilmente respondida. Somente quem se “conectou” com o jogo como eu, consegue entender o meu relato.

Grande abraço!

Sammy Anderson

Fundador do GameHall e produtor do programa Versus.

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