O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio, anunciou esta segunda-feira que se irá recandidatar à liderança do partido nas eleições diretas de janeiro. O líder social-democrata considera que a sua não recandidatura poderia levar o partido a uma “grave fragmentação”, pelo que vai também ser candidato à liderança do grupo parlamentar do PSD.
“Compete-me colocar o interesse público acima de tudo o mais e manter a minha disponibilidade para continuar a servir o PSD e, por seu intermédio, Portugal. Estou pois disponível para disputar as próximas eleições internas e liderar a oposição ao PS e conduzir o PSD nas próximas eleições autárquicas”, afirmou Rui Rio, em conferência de imprensa, no Porto.
Rui Rio considera que a sua não recandidatura “pode levar o partido a uma grave fragmentação, de consequências imprevisíveis para o seu futuro”. “O PSD precisa de uma liderança que defenda a social-democracia e mantenha o partido no centro político, não permitindo que ele se transforme numa força partidária ideologicamente vazia ou de perfil iminentemente liberal”, defendeu.
O ex-autarca do Porto diz que se recandidata à presidência com “espírito de missão” e “total desprendimento”. “[Esta função] não deve por isso ser desempenhada por quem obstinadamente a deseja nem por quem liminarmente a recusa. O primeiro porque enredado na sua vaidade e ambição pessoal, não percebe a dimensão daquilo a que se propõe. Segundo, porque não teria a força anímica necessária para tamanha responsabilidade”, sublinhou Rui Rio.
O líder social-democrata anunciou ainda que será candidato à liderança da bancada parlamentar do PSD. “O líder parlamentar deve estar em consonância com o presidente do partido. Nunca farei aos outros o que me fizeram a mim. Por isso, irei assumir a liderança da bancada”, anunciou, garantindo que o novo líder parlamentar deverá ser escolhido, em definitivo, após a realização do próximo Congresso Nacional do partido, agendado para janeiro.
Rui Rio definiu a oposição ao Governo como uma das funções “mais difíceis de executar numa democracia representativa” e sublinhou que o objetivo comum do PSD é “derrotar o PS e não o de derrotar o próprio PSD”. O líder social-democrata afirmou ainda que não pode lidar com “deslealdades e permanentes boicotes internos” e apelou à união entre os militantes.
“Num partido democrático e civilizado o que se exige depois das eleições é que se respeite a vontade maioritária dos militantes”, sublinhou, lembrando o desafio lançado por Luís Montenegro de disputar eleições internas, em janeiro.
O presidente do PSD quer “encurtar espaço de manobra dos pequenos interesses pessoais que tantas vezes comanda a lógica de uma parte significativa dos aparelhos partidários” e sublinha que “um milhão e meio de eleitores confiaram nesta liderança e não em quem tudo tem feito para a destruir”.
“Aceitarei a vitória eleitoral sem qualquer euforias, tal como respeitarei qualquer derrota sem qualquer mágoa ou azedume. Aceitarei qualquer resultado com a tranquilidade de em ambas as circunstâncias ter cumprido o meu dever para com o partido, país e com a minha própria consciência”, concluiu.
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