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Por João Borges


O IBC-Br divulgado nesta segunda-feira (19) pelo Banco Central reforça a expectativa entre alguns analistas do setor privado de que 2017 encerrou com um crescimento do PIB acima de 1%.

Mais importante do que o número fechado de 2017, a estas alturas, é verificar a dinâmica da economia na virada de ano. O quarto trimestre de 2017 deve ter apresentado crescimento, o que indica que a economia entrou em 2018 em aceleração.

A combinação de fatores favoráveis está levando a revisão para cima das projeções de crescimento para este ano. A consultoria MB Associados, por exemplo, já está prevendo crescimento de 3,5% para este ano.

Na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo Banco Central, a projeção para o crescimento deste ano sobiu de 2,7% para 2,8%. O número expressa uma média de projeções entre as cerca de 100 instituições financeiras consultadas pelo Banco Central.

Uma virtuosa combinação de fatores favorece desempenho da economia este ano melhor do que se previa até pouco tempo. Taxa básica de juros abaixo de 7%, inflação projetada abaixo de 4%. O desemprego, embora ainda muito elevado, deve seguir em queda.

O crédito para as famílias continua se expandindo. Uma boa safra agrícola vai se confirmando, o que é garantia de que não haverá pressão inflacionária de alimentos.

Tudo isso somado deve manter o ritmo de aumento do consumo das famílias, principal fator que tem impulsionado a economia na saída do ciclo de dois anos de recessão.

A ressalva que se faz a essa retomada é a de sempre e não deve ser esquecida: sem que se controle o aumento da dívida pública, esse crescimento de 2018 não terá vida longa.

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