Há uma semana, o Milan se declarou disponível para um "acordo final" com a Uefa em comunicado oficial. Nesta sexta, porém, a tentativa foi rechaçada pela entidade. "Após uma examinação cuidadosa de toda a documentação e explicações providas, decidimos não concluir um acordo voluntário", explicou.
A diretoria milanesa gastou mais de 200 milhões de euros em contratações para esta temporada, o que levantou suspeitas sobre a estabilidade financeira do clube e do consórcio chinês que o adquiriu em abril. De acordo com o Fair Play Financeiro da Uefa, os times precisam comprovar que têm a capacidade de bancar seus gastos através da receita gerada pelo próprio clube.
O problema é que o Milan teve perdas de cerca de 255 milhões de euros nos últimos três anos e, inclusive, recorreu a um fundo privado norte-americano para pedir um empréstimo de 300 milhões de euros. O CEO do clube, Marco Fassone, prometeu encerrar esta dívida até abril.
Se a investigação da Uefa comprovar que o Milan quebrou as regras do Fair Play Financeiro, o clube sofrerá punições que podem incluir a implantação de um limite para gastos na compra de jogadores e no pagamento de salários.