Doom Troopers” foi lançado apenas nos EUA em 1995 pela Adrenalin Entertainment e Playmates Interactive no Mega Drive e praticamente passou batido pelo grande público, seja pela falta de marketing ou pela época em que os 16 Bits davam seus últimos suspiros no mercado. Mas isso não significa que ele não possa te proporcionar uma experiência inesquecível.

O jogo é baseado no jogo de cartas da série “Mutant Chronicles“, que era bem popular nos anos 90 com jogos de RPG de mesa, livros, quadrinhos, tabuleiro e até um filme, sendo ambientado em um futuro pós-apocalíptico, onde a Terra foi abandonada pela humanidade após a drenagem total de seus recursos naturais.

A história do jogo nos conta que, pela primeira vez, a humanidade está prestes a ser extinta pelas forças da Legião das Trevas. As forças maléficas de Algeroth emergiram de um portal dimensional e estabeleceram cidadelas pelo Sistema Solar. As Megacorporações, desesperadas para manter seu poder, chamam os Doomtroopes para livrar o Sistema Solar da Legião das Trevas e forçar Algeroth de volta ao portal dimensional, aprisionando-o na Dark Symmetry – uma espécie de inferno espacial.

A jogabilidade segue o clássico estilo ação-plataforma, eternizada por jogos como “Contra: Hard Corps” e “Gunstar Heroes“, porém um pouco mais lenta e “pesada“. Mas o que chama a atenção mesmo é seu alto grau de violência, com corpos dos inimigos sendo destroçados ou decapitados, com muito sangue jorrando na tela – não chega a ser tão sanguinolento ou impactante quanto um “Splatterhouse III” ou “Mortal Kombat“, mas está presente no jogo, algo que não era tão comum na época.

Ao iniciar a aventura, o jogador pode escolher entre dois soldados para chutar o pau da barraca e acabar com tudo que estiver em seu caminho: Mitch Hunter, que carrega uma grande arma (com maior poder de destruição) e Max Steiner, armado com uma pistola em cada mão (e com um alcance de tiro maior). Ambos os personagens foram retirados do universo “Mutant Chronicles”, caso esteja se perguntando de suas origens.

A primeira fase leva o jogador diretamente para as florestas do planeta Vênus, com a missão de se infiltrar na cidadela de Demnogonis – o Lord da doença e da morte – o chefão deste cenário.

O interessante é que cada planeta apresenta cenários bem variados, sendo que em Mercúrio o nosso herói é levado para dentro de um vulcão; em Plutão baixas temperaturas guardam uma base secreta de Algeroth e finalmente a última fase, o planeta fictício Nero, lar da Legião das Trevas e do chefão final.

As mecânicas são bem básicas, com ação tanto na horizontal como na vertical, e cada personagem tem muita munição para fazer uma carnificina justificada com suas armas – sem contar que podem dar umas boas porradas com os pés (Max) e com a própria arma (Hunter).

Inimigos surgem em abundância em toda parte para nos infernizar a vida, infelizmente faltou uma maior variedade nos tipos que encontramos, que basicamente se resumem apenas em dois no jogo todo (exceto pelos chefões). Uma das coisas legais é a animação da morte dos adversários. Num primeiro tiro a cabeça do bicho vai embora, mas eles continuam a atirar para qualquer lugar, algumas vezes atingindo seus próprios coleguinhas.

Jogando sozinho, o jogo se torna bastante desafiador, e interessante, já que o mesmo é bem curto. Mas é possível jogar com um parceiro, simultaneamente na tela, o que torna a experiência ainda mais divertida e emocionante.

Nada como sentir um inimigo tostando e gritando no alvorecer da floresta de Vênus. Bora lutar e salvar o Sistema Solar?