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Síria Israel, Arábia Saudita e Austrália aplaudem ataque dos EUA

Os governos de Israel, Arábia Saudita e Austrália aplaudiram hoje o ataque dos Estados Unidos a uma base militar na Síria, a partir de onde Washington acredita que se realizou o ataque com armas químicas na terça-feira.

Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, afirmou que a ofensiva ordenada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump, merece o seu “total apoio”, já que envia uma “mensagem forte”, que deve também ser entendida pelo Irão e pela Coreia do Norte.

“Israel apoia totalmente a decisão do Presidente Trump e espera que esta mensagem de determinação face aos atos ignóbeis do regime de Bashar al-Assad seja entendida não apenas por Damasco, mas também por Teerão, Pyongyang e outros”, indicou.

Também a Arábia Saudita saudou a “corajosa decisão” de Trump, num comunicado divulgado pela agência de notícias estatal, em que culpa o Governo de Assad pelo ataque químico contra civis.

O ministro dos Negócios Estrangeiros saudita afirmou que os mísseis lançados pelos Estados Unidos foram a resposta adequada aos “crimes deste regime contra o seu povo, à luz do falhanço da comunidade internacional em travá-los”.

A Arábia Saudita, liderada por sunitas, é uma opositora de longa data de Assad e tem apoiado os rebeldes que lutam contra o regime sírio. Riade vê o conflito sírio como uma guerra indireta com o Irão (xiita).

O primeiro-ministro da Austrália, Malcolm Turnbull, manifestou também o “forte apoio do Governo australiano à resposta rápida e justa dos Estados Unidos”.

“Foi uma resposta calibrada, proporcional e com um alvo. Envia uma forte mensagem ao regime de Assad, e (...) atinge a própria base aérea de onde o ataque químico foi realizado”, afirmou Turnbull aos jornalistas em Sydney.

O primeiro-ministro australiano sublinhou que “os Estados Unidos deixaram claro que não estão a tentar derrubar o regime de Assad”.

Os Estados Unidos lançaram na quinta-feira um ataque com “59 mísseis” contra a base aérea de Shayrat, que está “associada ao programa” sírio de armas químicas e “diretamente ligada” aos “horríveis acontecimentos” de terça-feira, de acordo com um responsável da Casa Branca.

Pelo menos 86 pessoas morreram na terça-feira na localidade Khan Cheikhun, na província rebelde de Idleb, no noroeste da Síria.

De acordo com o governador de Homs, onde se situa a base de Shayrat, morreram cinco pessoas no bombardeamento norte-americano.