Edição do dia 11/12/2016

11/12/2016 09h00 - Atualizado em 11/12/2016 09h00

Agroindústria impulsiona o cultivo e processamento de pimenta no RS

Pequenos produtores estão investindo no processamento da pimenta.
No município de Turuçu já existem seis agroindústrias familiares.

Ana Dalla PriaTuruçu, RS

Em um lugar tranquilo, com menos de 4 mil habitantes, onde quase todo mundo tem ligação com a roça. Assim é Turuçu, município gaúcho, que tem quase toda a sua economia baseada no campo.

 

Uma pequena propriedade típica da região tem como o principal negócio a diversidade. Várias atividades tocadas em geral só com mão de obra familiar. Seu Silvino nasceu e cresceu em um sítio de 7 mil hectares, ele também arrenda outros 30, onde planta grãos, hortaliças e cria um pouco de gado.

Para tocar o sítio, seu Silvino com a ajuda dos três filhos. São eles que cuidam da produção de hortaliças, especialmente da pimenta dedo-de-moça.

Há cerca de 10 anos, uma doença quase acabou com a cultura na região, a Antracnose. Dr. Bernardo, pesquisado da Embrapa Clima Temperado, explica que esta é uma doença causada por fungo e afeta basicamente frutos e pimenta. “Sem dúvida é a principal doença da cultura da pimenta”, conta.

A Antracnose torna a pimenta imprestável para a venda e em condições ideais, o fungo se espalha rapidamente. Controlar a doença não é tarefa fácil, requer um bom manejo, um tratamento de sementes, um cultivo sob plásticos e o uso de fungicidas, o que não sai barato.
Como a tradicional pimenta desidratada valia pouco, parte dos agricultores desistiu da cultura. Quem decidiu continuar no mercado, teve que encontrar novas formas de agregar valor à pimenta. Assim, surgiram várias pequenas agroindústrias em Turuçu.

A da família do Seu Silvino foi construída a quatro anos e hoje tem secador elétrico para desidratar a pimenta, o que agiliza o trabalho e melhora a qualidade. Confira a matéria completa no vídeo acima.

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