02/12/2016 10h20 - Atualizado em 02/12/2016 10h38

Secretário de Governo deverá assumir prefeitura após prisão de Dárcy Vera

Prefeita de Ribeirão Preto foi presa pela PF na manhã desta sexta-feira (2).
Ela é investigada por suspeita de chefiar esquema de corrupção.

Do G1 Ribeirão e Franca

O vice-prefeito de Ribeirão Preto (SP), Marinho Sampaio (PMDB), divulgou nota na manhã desta quinta-feira (2) após a prisão da prefeita Dárcy Vera (PSD). No texto, Marinho, que foi eleito vereador na última eleição, afirma que caso a chefe do Executivo continue presa pelos próximos 14 dias, o secretário de Governo, Marcus Berzotti, deverá assumir o comando municipal. 

Sampaio atribuiu a informação às orientações repassadas pelo departamento jurídico com base na Lei Orgânica do Município.

Ainda segundo a nota, caberá à Câmara dos Vereadores convocar o vice-prefeito após o prazo de 14 dias para assumir o cargo, enquanto a prefeita estiver impedida de retornar à função.

Segundo a assessoria de imprensa, Marinho Sampaio desmarcou um compromisso em São Paulo nesta quinta-feira para acompanhar o trabalho da força-tarefa da Operação Sevandija na prefeitura.

Prisão da prefeita
Dárcy Vera foi presa durante a Operação Mamãe Noel, deflagrada pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público (MP).

A prisão integra a segunda fase da Operação Sevandija, que investiga fraudes e desvios de dinheiro em contratos de licitações de R$ 203 milhões na Prefeitura de Ribeirão.

Também foram presos nesta sexta-feira Sandro Rovani da Silveira Neto e Maria Zuely Alves Librandi, ex-advogados do Sindicato dos Servidores Municipais, e o ex-secretário Marco Antônio dos Santos, que chefiava a Companhia de Desenvolvimento Econônimo (Coderp) e o Departamento de Água e Esgoto (Daerp).

O G1 entrou em contato com os advogados dos presos, mas nenhum deles atendeu as ligações.

Os presos foram levados para a sede da PF em Ribeirão. Dárcy deve ser transferida para a capital paulista, uma vez que, apesar das investigações do Gaeco, o processo contra ela é analisado pela Procuradoria Geral do Estado.

Em nota, a PF informou que o nome desta fase - Mamãe Noel - se deve às evidências de que Maria Zuely repassou, entre 2013 e 2016, mais de R$ 5 milhões aos demais denunciados, em dinheiro e cheques. O valor teria sido desviado dos cofres públicos.

A PF comunicou que outros mandados de prisão preventiva e de busca e apreensão são cumpridos, mas não especificou quantos. A nota diz apenas que são apurados crimes de peculato, falsidade ideológica, uso de documento falso, corrupção passiva e ativa.

O Gaeco e a PF convocaram uma coletiva de imprensa para as 10h30 desta sexta-feira.

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