24/11/2016 11h22 - Atualizado em 25/11/2016 10h09

DMLU é alvo de ação do MP por suspeita de irregularidades no RS

De acordo com o MP, contratos de coleta teriam várias irregularidades.
Cooperativa diz que teve 'conduta regular' no cumprimento do contrato.

Do G1 RS

Agentes durante operação em Porto Alegre (Foto: MP/Divulgação)Agentes durante operação no DMLU em Porto Alegre (Foto: MP/Divulgação)

São cumpridos mandados de busca e apreensão nas residências de investigados e na sede do Departamento Municipal de Limpeza Urbana (DMLU), na manhã desta quinta-feira (24), em Porto Alegre. O cumprimento das ordens judiciais faz parte de uma investigação conduzida pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul que apura supostos crimes contra a administração pública.

A operação, denominada Fosso de Tártaro, que faz referência a mitologia grega sobre a destinação do lixo, investiga supostos crimes de estelionato, peculato, concussão, crimes licitatórios, corrupção, bem como associação criminosa e lavagem de dinheiro.

De acordo com o promotor Nilson de Oliveira Rodrigues Filho os envolvidos praticaram diversas fraudes na execução dos contratos firmados com o DMLU, desde a não prestação do serviço contratado, a adulteração do peso dos caminhões com o objetivo de aumentar o valor pago pela prefeitura.

Entre os investigados estão diretor do DMLU, André Carús, o ex-diretor, Gustavo de Souza Fontana, o representante da empresa Cootravipa Jorge Luiz Bitencourt da Rosa, o representante da empresa B.A. Meio Ambiente, Jean de Jesus Nunes e os chefes de fiscalização do departamento.

Por meio de nota, a Cotravipa informou que "tem a intenção de colaborar com a investigação e está segura que após os esclarecimentos será constatada a conduta regular da entidade no cumprimento do contrato mantido com o DMLU e no exercício de sua função social".

O G1 tentou contato com o diretor André Carús, Gustavo de Souza Fontana e com a empresa B.A Meio Ambiente, mas as ligações não foram atendidas.

Já o DMLU divulgou nota informando ainda na tarde de quinta-feira que "tentativas de fraudes e irregularidades apontadas foram constatadas pelo próprio controle interno do DMLU e que todas as medidas cabíveis foram ou estão sendo tomadas, obedecendo aos prazos legais de defesa e recursos. Penalidades e medidas foram adotadas, como a glosa de valores à empresa B.A. Ambiental e a proibição de pagamento de valor cobrado pela Cootravipa, preservando o erário e os recursos públicos".

 

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