O corpo da menina Ana Clara Pereira Gonçalves, de cinco anos, chegou por volta das 13h40 a Carmo da Mata, após ser examinado no Instituto Médico Legal (IML) de Campo Belo. A criança foi achada morta durante a tarde sexta-feira (18) em uma área rural. O padrasto dela, de 27 anos, principal suspeito do sumiço e da morte da enteada, declarou à Polícia Civil que o fato foi "acidental".
(Foto: TV Integração/Reprodução)
De acordo com informações apuradas pelo G1 com a Funerária Nossa Senhora do Carmo, o velório de Ana Clara é feito com o caixão lacrado, por causa do avançado estado de decomposição com que o corpo foi encontrado.
Parentes e amigos mais próximos a Ana Clara foram os primeiros autorizados a entrar no salão onde a cerimônia acontece. Eles tiveram cerca de 15 minutos a sós no local. Só depois é que outras pessoas puderam entrar.
A mãe de Ana Clara chorou bastante e por várias vezes precisou ser amparada. O enterro da menina foi previsto para ocorrer às 15h30, em Carmo da Mata. Centenas de pessoas passaram pelo velório. Apenas equipes de reportagem estão proibidas de acompanhar.
O padrasto de Ana Clara Pereira Gonçalves, principal suspeito do desaparecimento e da morte da menina de cinco anos em Carmo da Mata, disse em depoimento que a morte foi "acidental". A informação foi divulgada na manhã deste sábado (19) pela Polícia Civil de Minas Gerais.
"O suspeito, de 27 anos, padastro da menina, apontou o local onde teria escondido o corpo e disse em depoimento que a morte foi acidental. Ele já se encontra preso por cumprimento de mandado de prisão temporária desde a data de comunicação do desaparecimento. A Polícia Civil aguarda laudos periciais e as investigações seguem em andamento", informou o órgão responsável pela investigação, sem explicar o tipo de "acidente".
Padrasto indicou local
A região onde o corpo foi achado chegou a ser visitada pelos investigadores na quarta-feira (16), quando uma multidão se reuniu em frente à delegacia de Carmo da Mata em busca de informações sobre as buscas pela menina, em locais que o padrasto havia apontado. Ele teve prisão preventiva decretada e está detido em Campo Belo, a 77 quilômetros de Carmo da Mata.
Peritos técnicos colheram informações no local. O exame de necropsia feito no IML deverá apontar se a criança teria ou não sofrido abuso sexual. Ainda não foi divulgada a previsão de quando o laudo deverá sair.
(Foto: Thiago Carvalho/G1)
O sumiço
Ana Clara desapareceu por volta das 15h do dia 12 de novembro. Ela estava em casa com a mãe, o irmão mais novo e o padrasto. "Ela tinha me pedido para deixá-la ir brincar na casa de uma coleguinha e eu disse que não porque a mãe da colega eu não sabia se estava em casa ou se iria sair. Ela se sentou e ficou emburrada porque eu não a deixei sair. Foi o último momento em que eu a vi, pois fui lavar roupa", disse a mãe Marciana Pereira Cruz.
Após a descoberta do sumiço da criança, Marciana e o companheiro foram levados à delegacia de Polícia Civil. O delegado percebeu algumas contradições no depoimento prestado pelo jovem. Por causa disso, ele foi preso temporariamente.
Câmeras de segurança instaladas na rua da casa da garota registraram o momento em que o carro do padrasto passou na rua no horário em que a mãe afirma que a filha teria desaparecido.