O principal artilheiro do Bahia na temporada atravessa um
período de seca. Autor de 19 gols em 2016, Hernane não “broca” há mais de 600
minutos: são sete jogos sem a marca do goleador tricolor. A última vez que o atacante balançou as redes foi na goleada por 4
a 2 sobre o Goiás (confira o gol no vídeo acima), na Arena Fonte Nova, pela 26ª rodada, em setembro. Desde
então, foram 52 dias em branco, período em que o time marcou 13 gols com oito
jogadores diferentes.
É o maior jejum de Hernane em todo o ano de 2016. Até então, a seca mais longa da temporada havia ocorrido entre a 14ª e a 18ª rodada da Série B, totalizando
cinco partidas. Na época, o período de vacas magras do Brocador foi encerrado com gols
em dois jogos seguidos, contra Atlético-GO e Avaí.
A fase de Hernane virou motivo de críticas da torcida e comentários de Guto
Ferreira em mais de uma ocasião. No fim de setembro, após o triunfo sobre o
Criciúma, o atacante foi vaiado, e o treinador pediu paciência para o torcedor.
- O que o torcedor tem que entender é o trabalho de cada um.
Hernane fez um trabalho muito importante. Ninguém é obrigado a jogar bem todos
os jogos. A entrega foi fantástica, a liderança. O que ele marcou a saída de
bola. No primeiro tempo, o Criciúma quase não respirou. (...) Ele não teve
oportunidades tão claras, mas quase marcou. Numa equipe fechada como o Criciúma.
A situação se repetiu na semana seguinte, logo após a goleada sobre o Tupi, em Salvador. Torcedores presentes na Fonte Nova pediram a saída de Hernane, apesar do time vencer com vantagem confortável.
- Mais do que nunca, a torcida gritando para tirar o
Hernane. Nós estamos ganhando de 4 a 0, você está preocupado com o Hernane? Os
gols estão saindo. Ele não está fazendo, mas uma hora ele vai fazer. Será que
ele merece toda essa pressão? Vamos parar um pouco e vamos ver até onde estamos
nos ajudando. Você acha que ele não tem consciência, que não se cobra, que ele
está no dia a dia roubando? O cara está trabalhando pra caramba. E volto a falar:
a função dele não se resume a guardar e fazer o gol. Toda essa marcação sob
pressão que fizemos, tanto ele quanto o Cajá, marcaram muito. (...) O Hernane,
querendo ou não, é referência, e aí a zaga vai preocupada com ele, e o time se
aproveita e os outros fazem os gols. Então a gente segue marcando. Não adianta.
Quanto tiver a equipe toda em jejum, você começa a cobrar dele. A equipe não
está em jejum. Só ele. E ele vem se cobrando muito.
Durante o período de seca, além de ajudar na marcação, como lembrou Guto Ferreira, Hernane também contribuiu com jogadas que resultaram em gols de companheiros de equipe. No triunfo de virada sobre o Ceará, o atacante foi autor de uma assistência para Régis. Contra o Tupi, ele deu o passe para a finalização de Renato Cajá no primeiro gol da partida, e fez um corta-luz no lance do gol marcado por Régis.
Nesta terça-feira, o Brocador terá uma nova chance de acabar com a fase sem gols. E pela frente terá o Sampaio Corrêa, time que tem a defesa mais vazada de toda a Série B. Lanterna da competição, a equipe maranhense sofreu 50 gols em 34 partidas da Segundona, média de 1.47 gol por jogo.
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