21/10/2016 10h48 - Atualizado em 21/10/2016 13h40

Polícia Federal faz buscas em nova fase da Operação Acrônimo

Mandados são cumpridos em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro.
PF investiga esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais.

Pedro ÂngeloDo G1 MG

A Polícia Federal realiza, na manhã desta sexta-feira, a 10ª fase da Operação Acrônimo, que investiga um esquema de lavagem de dinheiro em campanhas eleitorais e recebimento de vantagens indevidas por parte de agentes públicos. Mandados de busca e apreensão são cumpridos em sindicato de empresas de ônibus, em Belo Horizonte, e em construtoras na capital mineira e no Rio de Janeiro.

 

O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), é suspeito de ter utilizado os serviços de uma gráfica durante a campanha eleitoral de 2014 sem a devida declaração dos valores e de ter recebido "vantagens indevidas" do proprietário dessa gráfica, o empresário Benedito Oliveira, conhecido como Bené. Pimentel já foi indiciado duas vezes pela Polícia Federal. O advogado do governador, Eugênio Pacelli, disse que não ter conhecimento desta nova fase da Acrônimo.

De acordo com a Polícia Federal, esta fase apura dados relatados pela publicitária Danielle Fonteles, dona da agência de comunicação Pepper Interativa, em Brasília, em sua delação premiada. A delação foi acertada com a Justiça em março deste ano. Ainda segundo a PF, a publicitária delatou que houve movimento de R$ 1,5 milhão em caixa dois em benefício de Fernando Pimentel.

Em Belo Horizonte, um dos mandados de busca e apreensão foi cumprido na sede do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros (Setra-BH), no bairro Floresta, Região Centro-Sul da capital. A assessoria de imprensa do sindicato confirmou que agentes estiveram no local para o cumprimento do mandado. O setor jurídico da organização forneceu todas as informações necessárias, mas não detalhou do que esses documentos tratavam. O sindicato disse, ainda, que não é parte do processo de investigação.

Agentes da Polícia Federal também estiveram na casa do diretor da construtora Egesa, Adalberto Otávio Campos, no bairro Sion, Região Sul da capital. A polícia cumpriu mandado de busca e apreensão na sede da empresa, no bairro Olhos D'Água, na Região Oeste. O diretor, que esteve na Superintendência da Polícia Federal, nesta manhã, disse que foi voluntariamente prestar esclarecimentos e disse que já havia se aposentado. No site da Receita Federal, Adalberto consta como sócio da Egesa.

Também esteve na Superintendência da Polícia Federal Wagner Torres, diretor administrativo da construtora Pavotec. Segundo a advogada que o acompanhou mas não quis se identificar, ele foi intimado como testemunha mas não falou nada porque não tem envolvimento com o processo.

Adalberto Otávio Campos, diretor aposentado da Egesa Engenharia (à esq.) (Foto: Pedro Ângelo/G1)Adalberto Otávio Campos, diretor da Egesa Engenharia (à esq.) (Foto: Pedro Ângelo/G1)

 

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