
Parte dos moradores de Areal, na Região Serra do Rio de Janeiro, ficou isolada depois da abertura de uma cratera na ponte que liga o Bairro da Ilha à Rua Afonsina, durante a enxurrada provocada pela chuva de quarta-feira (12). O comércio está fechado e o hospital sem médicos. O atendimento a feridos e doentes está concentrado em postos de saúdes.

retirar lama da padaria (Foto: Glauco Araújo/G1)
O comerciante e farmacêutico Vinícius Rodrigues Teixeira, 26 anos, disse que ainda não conseguiu estimar o prejuízo com o fechamento da padaria e da farmácia, no Bairro da Ilha. Os dois imóveis foram tomados pela água da chuva.
“O pior de tudo é você reabrir o estabelecimento depois da cheia e dar de cara com moradores saqueando a farmácia”, disse a mulher dele, Sabrina Campos, 33 anos.
Eles moram em uma parte elevada da cidade e viram a destruição provocada pela enxurrada de quarta. “Não tínhamos o que fazer. Muitas pessoas não acreditaram no alerta máximo feito pela Defesa Civil, pois nunca tinha acontecido uma coisa dessas aqui”, disse Sabrina.
O casal abrigou sete pessoas que ficaram desabrigadas com a chuva. Na cidade, cerca de 500 casas foram interditadas, a maioria delas na Rua Amazonas, às margens do Rio Piabanha. Os moradores tiveram de deixar os imóveis sob risco de desabamento.
Comerciantes e moradores montaram mutirões para limpar as vias públicas, principalmente na entrada da cidade. Caminhões-pipa estão distribuindo água para os moradores mais afastados. A energia foi cortada em parte da cidade por medida de segurança. A Prefeitura de Areal está distribuindo cestas básicas para os moradores que foram acomodados em abrigos da escola.