Edição do dia 01/12/2015

01/12/2015 08h12 - Atualizado em 01/12/2015 09h37

Governo anuncia corte de R$ 11,2 bilhões no Orçamento

Tesourada é para atender TCU e evitar novas ações contra a presidente Dilma. Gastos não obrigatórios sofreram maior corte.

O governo federal anunciou nesta segunda-feira (30) mais um corte no orçamento. A tesourada é para atender o Tribunal de Contas da União e evitar novas ações contra a presidente Dilma.

O Executivo cortou, ao todo, R$ 11,2 bilhões. Desse valor, a maior parte, R$ 10,7 bilhões, é relativa aos chamados gastos não obrigatórios. Por exemplo, despesas com passagens aéreas, diárias, investimentos, aluguéis e até contas de água e luz.

Os ministérios mais atingidos foram o das Cidades, o dos Transportes e o da Integração.

Houve corte também de R$ 500 milhões de emendas de parlamentares. Na Presidência da República, o bloqueio foi de quase R$ 100 milhões. Também teve cortes no Legislativo e no Judiciário.

Na Câmara e no Senado o bloqueio foi de R$ 173 milhões. E no Judiciário, o corte foi de R$ 1,7 bilhão.

Corte pode afetar eleições municipais do ano que vem

E quem perdeu dinheiro já reclamou. A Justiça Eleitoral avisou que o aperto pode afetar as eleições municipais do ano que vem.

O TSE ameaçou voltar a usar cédulas de papel. Olha o tamanho do problema: a Justiça Eleitoral já tinha começado o processo de compra de urnas eletrônicas pensando nas eleições do ano que vem. Para a licitação, fez todo um planejamento com a previsão de gastos de R$ 200 milhões.

Agora, o TSE já avisou que, sem dinheiro, a compra de novas urnas e também a manutenção das antigas ficarão comprometidas. E nesse caso, a saída seria voltar no tempo e usar as antigas cédulas de papel. No Judiciário, o corte foi de R$ 1,7 bilhão.

“Estamos trabalhando junto ao Congresso Nacional para que o Congresso Nacional excepcione as verbas necessárias para a realização devida das eleições municipais do ano que vem”, afirma Dias Toffoli, presidente do TSE.

Com os novos cortes, o governo está prevendo pendurar até contas de água e luz. “Das contas de água, luz, telefone, todas elas que têm vencimento em dezembro não serão pagas. Com base nesse contingenciamento, até que haja o descontingenciamento o governo não terá condições de efetuar os pagamentos de contas que tenham emissão de fatura posterior”, afirma o secretário executivo do Ministério do Planejamento , Dyogo Oliveira.

E nesta terça-feira (1), o dia vai ser de muita negociação em Brasília. A presidente Dilma vai se reunir com deputados e senadores de manhã para tentar convencer os parlamentares da importância da aprovação do projeto que trata da revisão da meta fiscal.

À noite, tem sessão no Congresso Nacional para analisar a proposta.

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