A certa altura de Ouse crer, escrevi
isto aqui: "Desde crianças, ficamos empolgados com a história de José.
Ficamos chocados pela forma como ele foi traído pelos irmãos, vendido
como escravo para uma terra estrangeira, aprisionado, mas nos
regozijamos quando ele, enfim, é colocado como governador do Egito.Tudo
para que sua família fosse salva da fome que veio no tempo das vacas
magras. Ele passa a ser um herói para nós. Portanto, conscientemente ou
não, alimentamos a perspectiva de que há, em maior ou menor escala, um
posto de governador do Egito esperando por nós em algum momento de nossa
jornada. No entanto, desconsideramos o fato de que Deus poderia ter
resolvido o problema da fome de outra forma qualquer, começando por
evitar a própria seca que a ocasionou".
O fato de que algum bem foi extraído de todo aquele sofrimento injusto nos ajuda a ver sentido na coisa toda. Em nossa mente simplista e pequena, pensamos: ah, então ele sofreu tudo aquilo para isso. Como se ele precisasse estar naquela prisão naquele momento pois esse seria o único jeito que Deus encontrou de José ser promovido a governador do Egito... Como estamos sendo fustigados pelo sofrimento e pela injustiça nós também, é importante enxergar esse tipo de causalidade.
Mas se as coisas como pensamos, a maldade dos irmãos de José e a volúpia da esposa de Potifar seriam agentes de Deus.
O fato de que algum bem foi extraído de todo aquele sofrimento injusto nos ajuda a ver sentido na coisa toda. Em nossa mente simplista e pequena, pensamos: ah, então ele sofreu tudo aquilo para isso. Como se ele precisasse estar naquela prisão naquele momento pois esse seria o único jeito que Deus encontrou de José ser promovido a governador do Egito... Como estamos sendo fustigados pelo sofrimento e pela injustiça nós também, é importante enxergar esse tipo de causalidade.
Mas se as coisas como pensamos, a maldade dos irmãos de José e a volúpia da esposa de Potifar seriam agentes de Deus.
Acho inútil pensar se tudo que
aconteceu tinha que acontecer exatamente desse jeito, mas não é inútil
pensar no que Deus está fazendo com nossas cabeçadas. Em Patriarcas e
Profetas, Ellen G. White afirma que José foi uma espécie de profeta para
o Egito, o primeiro deles, seguido por toda sua família e as quatro ou
cinco gerações de hebreus que nasceram, cresceram e morreram lá.
Assim como Abraão e Isaque haviam sido para o canaanitas.
Nós somos a luz do mundo. No relógio
divino, muito mais sábio que o nosso, havia o tempo de apontar a
lanterna que era Abraão para Canaã. E, depois, chegou a hora de apontar a
lanterna José para o Egito. Para que no futuro nenhum povo O acuse de
falta de oportunidade.
E mais importante do que imaginar a
razão exata do meu sofrimento hoje, é imaginar se Deus não estaria
direcionando minha lanterna para algum canto escuro dessa Terra enquanto
eu me ocupo de esconder a luz que sou embaixo do alqueire (o que quer
que seja alqueire).
Marco Aurelio Brasil