Enderson promete mudanças e esquece episódio no Santos
Novo treinador do Atlético-PR garante que sabe blindar os atletas mais jovens
Apresentado ao elenco do Atlético-PR na terça-feira, um dia após ser contratado oficialmente, o técnico Enderson Moreira acredita que, no momento, o principal é fazer mudanças emergências no elenco. Para isso, passou algumas orientações iniciais e afirmou que o problema com jovens do elenco do Santos, ex-clube dele, é algo do passado.
No primeiro contato, o novo comandante rubro-negro teve uma imagem boa. "Sempre é positivo, cria nova perspectiva. Nos primeiros dias, coloquei alguns trabalhos importantes para conhecer os atletas e, ao mesmo tempo, características sobre o que penso do jogo. Nosso processo é dinâmico e rápido. Algumas modificações são importantes e necessárias", pontuou.
Com passagem no CT do Caju entre 2009 e 2010, comandando o Sub-20, Enderson reencontrou alguns conhecidos e crê que mudou pouco como essência nos últimos cinco anos. "Sou o mesmo treinador com sonhos de conquistas, que faça o time jogar um futebol com identificação com o clube. Lógico, com mais experiência e espero contribuir nessa minha fase", apostou.
Até por isso, muitos ficaram surpresos com a demissão no Santos, mesmo invicto no Paulista. O motivo seria de que os jogadores mais novos, como o atacante Gabriel, tiveram problemas de convivência no dia a dia. O elenco do Atlético-PR, quando soube da ida dele, ficou receoso.
"Criaram algo que não é verdade, mas passou. Sempre fui muito criterioso, de ter cuidado antes de lançar e preparar bem o atleta antes de um jogo profissional. Tenho atenção para que possam caminhar bem na transição".
O técnico atleticano prometeu que, diferente dos últimos jogos, o elenco principal terá outra postura no gramado e que a torcida vai notar a evolução ao decorrer do tempo. "Uma equipe que vai lutar muito, jogar em alto nível e buscando sempre fazer gols, jogando para vencer. O torcedor tem que sair e dizer que o time mereceu a vitória, esse é o desafio", prometeu.
Para escapar do Torneio da Morte, o Atlético-PR vai ter que torcer contra Cascavel, que faz dois jogos fora (Coritiba e Foz) e tem cinco pontos a mais. Maringá e Paraná, sétimo e sexto, com 14 pontos, respectivamente, teriam que perder as duas partidas e o clube ainda tirar o saldo de gols. Um cenário quase impossível.
"Não dependemos mais das nossas forças. É muito importante fazer nossa parte e, se acontecer (de se classificar entre os oito), ótimo. Caso contrário, jogar essa quadrangular da melhor forma", finalizou.