As principais bolsas da Europa fecharam sem direção comum nesta sexta-feira (14), reflexo de investidores realizando lucros após uma série positiva de pregões. O impasse nas negociações orçamentárias dos Estados Unidos abre a possibilidade de o mercado acionário europeu estar vulnerável a uma correção mais profunda.
O índice FTSEurofirst, que reúne as principais ações europeias, fechou em baixa de 0,15%, a 1.113 pontos, perdendo força após um poderoso rali de três semanas que levou o índice a avançar em 16 entre 20 sessões, suspendendo-o a máximas em 18 meses.
Operadores afirmaram que a maior parte do mercado espera a solução para o impasse orçamentário nos EUA em torno do "abismo fiscal" de cerca de US$ 600 bilhões em altas de impostos e cortes de gastos que passam a valer em janeiro.
"Boas notícias sobre o abismo fiscal estão sendo precificadas, então o risco é definitivamente negativo", disse o chefe de estratégia global do Standard Life Investments, Andrew Milligan, que gere cerca de 163,4 bilhões de libras (US$ 263,65 bilhões) em ativos.
"Há uma possibilidade pequena, mas não descartável, de que haja um beco sem saída no Congresso que possa levar, nessas condições, a variações bastante acentuadas nos mercados, porque o volume de negociações será baixo. Mas isso realmente só ficará evidente nos últimos dias de negociações neste ano."
O índice de petróleo e gás natural do STOXX Europe 600, um dos setores mais afetados, fechou com baixa de 0,6%, sob o peso de um relatório pessimista do Barclays em que a instituição financeira reduziu sua recomendação para a Total, que recuou 0,7%.
Em Londres, o índice Financial Times fechou em baixa de 0,13%, a 5.921 pontos. Em Frankfurt, o índice DAX subiu 0,19%, para 7.596 pontos. Em Paris, o índice CAC-40 ficou estável, a 3.643 pontos.
Em Milão, o índice Ftse/Mib teve valorização de 0,26%, para 15.908 pontos. Em Madri, o índice Ibex-35 avançou 0,09%, para 8.024 pontos. Em Lisboa, o índice PSI20 encerrou em alta de 0,18%, para 5.625 pontos.
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